domingo, 7 de abril de 2013

Debaixo de um penedo
Corre a água mais fria
Que o Inverno inventou, mais
Humana que a névoa,
Degolada pela aurora
Que os homens abrem nas avenidas.
O junco que se aperta,
No dorso de um cavalo peregrino, grita!
e agita as águas
Profundas como o ser.

Quando a cegueira bate à porta
Depois do meio dia
Corre com a primavera
das andorinhas e dos ardis dos canaviais.
Só oiço quimeras
Sem estrofe e sem verso
Presas nos beirais.


Envolvo o rosto na vidraça
E o mar desfalece

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