terça-feira, 30 de abril de 2013


A noite.

No silêncio quieto
Da rua escura
As sombras lançam-se
Sobre mim como
Ramos nús
Pretendendo aconchego.

Oiço o quebrar da solidão
Pelo ronco dum carro que passa,
Pela janela que se abre
E alguém grita
Um gemido inverne
Sem nexo…

Dois corpos incandescem
Entrelaçados
À luz do candeiro.
Desenham silhuetas
E partem como se
O destino desembocasse
Ali e mais além.

Um gato
Rompe uma cerca
Fita-me na escuridão
E prossegue em seu jeito
Selvagem.

 À noite.

Sem comentários:

Enviar um comentário