A noite.
No silêncio quieto
Da rua escura
As sombras lançam-se
Sobre mim como
Ramos nús
Pretendendo aconchego.
Oiço o quebrar da solidão
Pelo ronco dum carro que passa,Pela janela que se abre
E alguém grita
Um gemido inverne
Sem nexo…
Dois corpos incandescem
EntrelaçadosÀ luz do candeiro.
Desenham silhuetas
E partem como se
O destino desembocasse
Ali e mais além.
Um gato
Rompe uma cercaFita-me na escuridão
E prossegue em seu jeito
Selvagem.