Tens a face
Com sangue…
Na lâmina gotejam
Lágrimas de perversão…
E um ódio de desconsolo
Egocêntrico.
Rasgaste os muros
Que ligam Berlim
A Lisboa.
As tuas horas felizes
Exasperam
Em acordes mutilados.
Só reparas no ponto
Dessa espiral concêntrica
Que te puxa,
Não resistes.
Tens a face
Com sangue negro,
As mãos descarnadas
Que deslizam
E não te seguram.
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