No papel nasceu uma árvore
De rama vermelha,
Tronco roliço,
Vestindo de negro
A sombra prolongada
Pela relva azul
Salpicada de bolinhas
Amarelas.
Dobrada sobre os joelhos
A Esperança recolhia
Frutos brancos
Em forma de estrela.
Um odor irradiava
Abelhas florescentes
Carregadas de licor
De rosa silvestre.
Ao lado, caracóis magentas
Devoravam folhas encarnadas.
Só o sol, de olhos em riste,
Assistia espantado ao ressurgir
Da natureza, dobrado sobre
Uma almofada de algodão doce.
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