Voltei a escrever
Como um pintor
Que se abstrai
E coloca pontos
Num espaço vazio.
As casas, as ruas,
As pessoas, as relações,
São traços de poesia
Por vezes, cruéis e rudes,
Outras tantas vulgares.
Fujo dessa realidade
Diversa,
Interessa-me a irrealidade,
E o espaço que está
Para lá do entendimento,
Esse é o meu lugar.
A não pode buscar B.
B foge de A num infinito
Processo labiríntico
De insubordinação.
O terreno aliena.
A poesia escreve
Sobre rupturas.
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