sábado, 14 de fevereiro de 2015

Poema fálico

Menires de cimento
Reproduzem-se
Sob o engenho humano
No espaço voltado
Para as estrelas.
Erguem-se como falos
Gigantes, e neles
Formigas anónimas
Encaixotam-se.
Rolam latas
Para encurtar distâncias.
Pintam o chão de negro.
Neste espaço de singular
Fragmentação, apesar
Da proximidade, o homem
Cruza a indiferença,
E engendra tarefas
Para descompor a indolência
E a inatividade.
Todos são convocados,
Cada um zela pela
Sua circunferência,
Até os mais novos
São imbuídos em tal
Similitude.

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