No bar da praia
As ondas tomam-me
Os pés de marés cheias
De cerrada multidão.
Néones fragmentados
Pululam esbatimento
De copos vazios
Caoticamente distribuídos
Sobre a areia burilada
Pelos pés seguidores
Dos ritmos alternados
Pelas colunas de som.
O DJ aumenta a batida.
Embalo, embalo como
Um louco contorcionista
Cujos ossos ameaçam
Desagregar-se.
No bar da praia
O amor presta-se…
Corpos nús unem-se
Ao manto de água
Salgada – e o lençol
Agita-os languidamente
Deixando a espuma
Reter um seco odor a húmus.
No bar da praia
Afundo a cabeça
Nas mãos e um desassossego
Interior vacila infinitamente
Sem o mar poder acalmar.
Sem comentários:
Enviar um comentário