terça-feira, 8 de abril de 2014

Azul Insano

Rasguei o meu corpo
Na fábrica. Abri
Lanhos do tamanho
Do mundo na palma
Da mão. Quebradas
As articulações
Os ossos romperam
Ao peso da carne.
E os olhos transmutaram
O universo numa
Porção de sombras
E degredos desconexos.
Nem as entranhas
Estranharam a fuligem
Distribuída na saliva
Alimentada pelo pão
Que estomago amassa.
O canto dos pássaros
Perdeu o seu encanto
Apenas breves zumbidos
Me recordam
A sua existência.
O espaço desreconheceu
O pentagrama
Da latitude do lugar.
Sinto apenas
O normal respirar
Reparado por químicos
E outras assombrações
Que se transmigram.

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