A ambição primeira,
O santo graal de gerações,
A verdade, invectivada
Por argumentos e reformulações
Mas cuja partida é o estado
do momento zero
E a chegada é o ponto
de onde nunca se chegou
a partir pois a noite
e a neblina são espectros mudos.
Por ela levantam-se
Torres que rasgam os céus
Mas cuja amplitude
É um ponto pequenino
No caminho de um limite
Que extravasa as fronteiras
Dum horizonte constante.
Esta clarividência informe,
Ocorrida em nome da verdade,
Deforma a clara madrugada
das águas do canto da cotovia
No arresto do Homem
Ao afrontamento, à demência
Colectiva e à extorsão
Do sagrado comedimento.
Em nome dessa veemente
Verdade, criam-se novos deuses,
Espelho de fraqueza,
E superlativo de pequenez
Todavia, anunciados sem impurezas.
A grande verdade
E mãe de todas as verdades
É o poder… O maior perigo
Da humanidade.
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