Nada
Me apetece fazer
Se não contemplar
O introito que vai dentro
De
mim.
Também
Dormir não posso.
Desperto, o sono
Eterno passa mas
Não
encontra
Guarida.
Cada
Segundo pensativo
Revela um dia acrescentado
À vida, mas só
Assinalo a dobragem
Dos 365 dias
Na parede
Branca
Do quarto.
O
Quarto é o local
Sagrado que encontro.
Nele nasci, nele concebi
E nele direi adeus
À soma
Existencial.
A existência
É um procura entre a razão
E o místico desvanecer da sombra
Em direcção a um plano concreto
Moldado a barro,
Ou quiçá, subtraído ao atelier
Cujo autor procurou
Ser
Anónimo.
Anónimo? Mas não fortuito.
No traçado original
Não havia locais remotos,
Nem segmentos de recta.
Todo o horizonte era plano
E as extremidades abraçavam-se.
No entanto, a energia cósmica
Provocou a fragmentação do núcleo
E a queda
Dos
Pólos
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