Jorra o amor
Na frondosa fogueira,
Inquieto e exasperado,
Inculcando vontade
De alcançar a plenitude.
Arvora-se o vermelho,
A tez de carmim
Na escusa pradaria,
Tomada de sensibilidade
E adulterada de verdejantes
Pontos de fruição.
Nesse rio corrente
Cujas probabilidades pulsam o infinito
As margens renovam
O fruto que nele emerge.
Cresce nesse estio
A frigida estação
Que tudo dá
Em troca carrega a metamorfose
Que a primavera, justa
Na medida do tempo, deforma
Em folha rasgada
De figueira.
Jorra o amor
Em tragos de felicidade
E assomos de momentos termos
Cujas delicias vertiginosas
Perpetuam o destino
Que sobre os ombros nos devora.
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