As flores,
As flores do meu jardim.
Um canteiro dentro de mim?
Não! Fica do lado de fora
Da estrada mas quem passa
Não dá por nada.
Rosas, açucenas, Margaridas
E todos os amores imperfeitos
Com sabor a amora
E a licor de marmelada.
Mas que fica fora da estrada
E quem passa não dá por nada.
E as camélias de seios pungentes
E lustrosas pupilas?!
E as impúdicas tulipas que deliciam
Os melosos nenúfares?!
Mas que fica fora da estrada
E quem passa não dá por nada.
E o rosmaninho? As papoias?
A grande tília de braços abertos?
Albergue de sonhos
Que só ao Homem cabe.
Mas que fica fora da estrada
E quem passa não dá por nada.
As flores do meu jardim
São assim.
Volúveis com o vento.
Selvagens e fermento.
Mas que fica fora da estrada
E quem passa não dá por nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário