A lado o rato
Vai para a toca
Tomou remédio
Num bar da doca
Para fugir ao tédio
E ao dono da roca.
Balofo o gato
Amante de cachimbo
Expele aroma burguês
Ancorado no limbo
Torpe e soez
Tomando o cacimbo
Pelo rato cortês.
A formiga despachada
Despertou-lhe inveja
Não pelos tímidos passos
Mas pela ciência que coteja
Na marcha dos finos espaços
E do labor que graceja.
O cão inútil
Refastelado no sofá
Navega na internet
Sem grande afã
A noite deixa-o inerte
E adormece com suco de maçã
Até à hora da toilette.
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