Na pastelaria.
Teus olhos doces,
Terno o teu olhar,
Meigamente afagas a minha mão.
Brinco com a tua
Num laço que prometes ser longo.
Beberico café!... Sim, café!,
Numa réstia de chave.
Falas-me da tua semana,
Do teu emprego,
Dos desencontros…
Da rotina…
Da última notícia da tv…
Das tuas esperanças
E do horizonte
Que pretendes ser nosso.
Rodeias-me com todo o afecto,
Teus lábios brilham! Brilham de leveza!
Sussurras que me amas!,
Não vá a mesa do lado notar.
Dás-me um beijo indiscreto…
Troco outro mais profundo,
Simplesmente ousado.
Toda a planície
Tem uma lonjura
Que atravessa o cosmos
E fixa-se no infinitamente grande.
Sorris!
Saímos de mãos entrelaçadas
Para ver montras
E paisagens…
No fim da tarde, subimos
Ao último andar do shopping
Para aproveitar a penumbra
Da sala do cinema
Enquanto a tela
Passa um filme sem memória.
Sem comentários:
Enviar um comentário