No bar
Ao pé da catedral
Corpos oníricos
Bebidos em gin e whisky…Atropelam inauditos
Gestos bocais
Abafados pela aridez
Da música debutante.
Sobre as mesas
Copos caleidoscópicosAguardam pacientes
Novos tragos,
Nova imersão,
E novo toque de lábios.
Os gestos repetem-se.
Criam-se rituais…
Cruzam-se esgares.Mirram-se corpos esbeltos.
Os cigarros ardem
Vagarosamente na bermaDe um cinzeiro distraído
Pelo fumo do espaço.
O espaço referenda-se
De novas levas –Incansável arbítrio
De veleidades do tempo
Que morre.
Afundo-me na
Gravítica orla Das palavras non-sense
Como um texto volátil
Que se esvai do verbo
Em busca de imagens
E respostas.
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