Restavam as asas
E todas as lamúrias perdidas
Nas delongas conversas esquecidas
Sobre o fútil e a comiseração.
Um naco de pão inerte
Ajeitava a mesa,
Quadrada como o universo,
Vaga como o espaço,
Piedosa como as mãos
Que sobre ela aquiesciam.
Os lábios redundavam
Apenas uns “hums” murmurados
Como se nada houvesse
A acrescentar nestes ombros
Encalhados.
No tempo juntava uns “sms”
Burilados no novo campo
Da rede, nesse novo cosmos
Organizado por caracteres
Singelos das novas convenções.
Ao lado, erguiam-se outras mesas,
Como metáteses multiformes
E multicores – mas a mesma
Redundância.
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