Submergi na sapiente
Água crepitada
No leito ermo
De um riacho
Que se desprende naturalmente
Do lado nascente
Da serra que me arvora.
Límpida! Esbelta!
Meu corpo profano
Deleitava-se nesse pueril
Perfume, de verde dissolvido
E de ocre que refulge
Da noite que lambe
A lua crua.
Oh sangue da natureza!
Choro perpétuo das rochas,
Gemido em tímido êxtase
Dessas entranhas
Que parem os mistérios
Cujo sensível não alcança,
Mas contempla.
Devoto, o meu eu
Redopiava como um esquife
Numa incontrolável
Volúpia.
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