terça-feira, 5 de setembro de 2017

Cavalos soltos

Não quero partir em debandada,
Amor, da terra parida,
Cor de indefinida luz,
Sol, lua e dia intumescente.
Todos os laços são prados
Férteis, regalo de vencedores
Mansos e água que há-de
Tocar novos moinhos
E daquelas mós de pedra
De cor duvidosa
Há-de brotar a mais árdua
Farinha e dela as mais
Belas alegorias… Todos
Os seus ramos hão-de
Formar a árvore que vence
Os dias de espesso nevoeiro

Todos ancoramos estes sonhos
No movimento perpétuo da liberdade.
Essa montanha movediça,
Poiso do esforço que nos promete
Transpor a esperança.
É certo que a ilusão dos primeiros
Pomos fazem crer-nos
No quão é fácil atingi-la,
E pulamos sentidos sem sentido
Trucidando os pés na adversidade.
Pesados e carunchosos.