Debaixo do alpendre
Pinto o sol
Pinto a lua
E as palavras que voam
Tocadas pelo despertar
Do que acontece.
Nasce um rumo
Da intercepção
Do sonho azul
E do dia a dia que piso.
Sei que não nasce
Apenas para mim,
Longe desta mesquinhez
Pejada de egoísmo fortuito,
Mas saibamos que as pedras dessa caminhada
Somos nós que as assentamos.
Não há betão melhor
Que a amizade, essa goma
Que cola o eu e o teu, e forma
O nosso, o nós e o círculo
Que gere o universo.